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Atendimento clínico psicanalítico para mulheres em situação de violência
Somos uma equipe de psicanalistas que acolhe, para atendimento clínico, individual ou em grupo terapêutico de palavra, todas aquelas que se identificam como mulher, que estejam ou tenham estado em situação de violência, e que estejam em vulnerabilidade social. Nosso trabalho, sendo prioritariamente gratuito, nos define como uma clínica popular psicanalítica, a primeira da cidade, coerentemente com nossa determinação a praticar uma psicanálise feminista e decolonial. Trabalhamos também para que essa prática da psicanálise seja transmitida como um resgate da essência subversiva da psicanálise, cuja ética está no eixo da produção de nosso Núcleo de Estudos e Pesquisas Clínicas, através de grupos de estudos, seminários, cartéis, cursos, ciclos de debates, espaços de leituras e publicações. Tais espaços são abertos a todos os psicanalistas em formação, bem como aqueles que se interessam pela psicanálise. Toda a arrecadação desses espaços de formação é investida na sustentabilidade do Projeto Gradiva enquanto clínica popular.

Por que o nome Gradiva?
Em latim, Gradiva significa: a que avança, a que vai em frente. É uma figura mitológica moderna do feminino, desde o romance com seu nome, de Wilhelm Jensen, em 1903, comentado por Freud em 1907 em seu trabalho “Delírios e sonhos na Gradiva de Jensen”. Em sua origem, trata-se de um baixo relevo romano em mármore, da primeira metade do século II, feito à maneira das obras gregas do século IV a.C., e representa uma jovem que dança e levanta sua túnica, com os pés em movimento de andar para a frente. De onde nossa escolha por esse nome que, além de ser, de certo modo, emblemático do feminino para a psicanálise, comporta a significação de nosso objetivo maior: o de que a experiência da psicanálise que oferecemos tenha como efeito que as mulheres possam seguir em frente em suas vidas.
